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terça-feira, 16 de abril de 2019

Quaresma - Crenças que se perderam

Não se inventem de sair de casa a noite, ir caçar ou dançar que o Diabo ta solto!

Essa frase tenho certeza que vocês (principalmente os de mais idade) já ouviram centenas de vezes seus pais ou avós falarem.
Hoje o respeito pela quaresma se perdeu. As crenças populares de algumas décadas atrás hoje é motivo de piada para os que não respeitam. Mas nem sempre foi assim...
Eu me lembro que na Quarta feira de Cinzas não se tomava café da manhã, não se podia cantarolar, gritar, e nem todos os tipos de brincadeiras meus pais permitiam. Era o começo da Quaresma, tempo de penitência e orações.
Na quaresma acreditava-se que o Diabo estava solto e costumava tentar as pessoas. Quem saísse para caçar a noite corria o risco de dar de cara com o próprio, ou ainda com o Curupira, Boitatá ou Lobisomem.
Contam que uma vez uma moça saiu para dançar em uma noite de quaresma. Lá no baile se encantou por um rapaz, dançaram a noite toda e ficaram juntos como namorados. La pelas tantas quase meia noite ela olha por baixo da mesa e percebe que ao invés de pés o seu namorado possuía patas (era o Capeta)
Outra passagem diz respeito a um caçador que topou com o maior tamanduá que ele já tinha visto. Mas no momento que ele deu um tiro o animal desapareceu misteriosamente.
Na Sexta-feira Santa quem saísse a noite sem sombra de dívida se encontraria com a "Procissão dos Mortos", onde os mortos saíam de seus túmulos em procissão pelas estradas.

Eram muitas as crenças que se perderam com o passar dos anos juntamente com o respeito...
Hoje poucas pessoas guardam o jejum, poucos deixam de comer carne, as festas e bailes acontecem como qualquer época do ano, trabalhar na Sexta-feira Santa se for preciso muitos trabalham... É os tempos mudaram. E você? O que tem para acrescentar nessa postagem? Comente aqui embaixo...
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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Origem da expressão "Pé Rapado"

Com toda certeza você já deve ter ouvido a expressão "Pé Rapado" pra se referir a uma pessoa que "não tem onde cair morto", uma pessoa pobre, uma pessoa de baixa classe social.
Mas de onde teria vindo essa expressão? Qual a origem dessa maneira de falar?

Bom, primeiramente vamos voltar algumas décadas no tempo e eu estarei contando uma pequena história fictícia (que então devemos escrever "estória" e não "história")...

Era domingo, e na pequena capela da Comunidade da Linha Pipiri, interior de Três Palmeiras chegavam várias pessoas para a missa em honra a padroeira e que posteriormente ficariam para a festa em honra a Nossa Senhora das Graças. A maioria dessas pessoas vinham à cavalo ou de carroça (raríssimas eram as fa,ílias que possuíam carro, que seria com certeza uma Rural ou um Jeep). Essas pessoas ao amarrarem seus cavalos nos locais apropriados para isso se dirigiam a pequena capela para rezar.
Por outro lado as pessoas que vinham á pé chegavam com as botas embarradas já que tinha chovido muito na noite anterior. Por sorte bem na entrada da igrejinha tinha um objeto chamado "limpa-pés" que essas pessoas poderiam raspar o barro dos seus calçados antes de adentrarem na pequena igreja...

O texto acima usei para dar um pouco de vida a explicação, mas foi assim que surgiu a origem da expressão, se a pessoa precisava raspar o barro dos pés é porque tinha vindo á pé, se veio á pé, então não tinha cavalo ou carroça e por isso era um "Pé rapado".

Veja nas imagens alguns modelos desses "limpa-pés"




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